A resposta à pergunta acima é bastante fácil, devemos buscar as duas coisas ao mesmo tempo.

A vida sem a eletricidade seria quase inimaginável, pois, não iriam existir televisão, rádio, geladeira, metrô, elevadores, computadores, iluminação, eletrodomésticos, ar-condicionado e mais um monte de coisas com as quais estamos acostumados.

A energia elétrica é até agora o único tipo de energia que conhecemos para fazer funcionar essas facilidades, nada ainda foi inventado ou descoberto que possa substitui-la.

O que dispomos hoje, são de diferentes formas de gerar a eletricidade, através de usinas hidroelétricas, nucleares, térmicas, eólicas, solares, de marés e outras.

Em países como Brasil, fortemente dependentes da hidroeletricidade, épocas de estiagem como as que se repetem anualmente entre os meses de maio e outubro, prejudicam a produção de energia resultando em energia mais cara pela necessidade de acionamento das termoelétricas e até em racionamento do consumo.

Existem dois caminhos possíveis (além de rezar por mais chuvas): um deles é investir em geração (preferencialmente através de fontes renováveis (eólicas, solar, biomassa, hidroelétrica) ou não renováveis (óleo, carvão, gás, nuclear) todas elas (inclusive as hidroelétricas) com impactos de grau variável sobre o meio ambiente, e o outro é tornar mais eficiente a maneira como utilizamos a energia elétrica já gerada.

Podemos começar nos perguntando, se estamos utilizando da forma mais eficiente e adequada a energia elétrica que geramos.

Uma rápida olhada parece indicar que não. Senão vejamos:

  1. Uma lâmpada incandescentes comum (ainda utilizada em muitas residências) tem um rendimento de 10% (energia efetivamente utilizada para iluminação), ou seja, 90% da energia consumida (paga pelo consumidor) é desperdiçada em forma de calor.
  2. Os motores elétricos em geral, considerados de alto rendimento aproveitam (transformam em energia mecânica) de 75% a 90% da energia consumida.
  3. Perdas por efeito Joule (calor), que ocorre em todos os condutores que conduzem corrente elétrica, principalmente nas instalações em sobrecarga. No futuro não muito distante, essas perdas poderão ser eliminadas com a utilização de condutores mais eficientes com o desenvolvimento de materiais supercondutores que operem na temperatura ambiente.4.Eliminação das perdas por atrito no transporte ferroviário (trens, bondes, metrô). Já existem protótipos operacionais de trens de levitação magnética que permite a eliminação do atrito das rodas com o trilho com consequente redução da energia total consumida.
  4. 4.Geração distribuída através do uso das fontes eólicas, solar, maremotriz e biomassa, evitando os altos investimentos da instalação e manutenção de linhas de transmissão de alta tensão e consequentemente as perdas por efeito Joule e outras perdas elétricas características desse sistema.
  5. Construções termicamente eficientes, evitando uso excessivo de ar-condicionado e ventiladores no verão, e aquecedores no inverno.
  6. Ampliar o uso de coletores solares para o aquecimento de agua, evitando o uso de chuveiros elétricos, que são grandes consumidores de energia.

Existe, portanto, muita coisa a ser feita para que evitar desperdícios no uso da energia elétrica. Novas maneiras de gerar eletricidade são estudadas, e interessantes novidades estão sempre surgindo.

A captação (que já sabemos fazer) e o armazenamento e liberação controlada da energia elétrica produzida pelas descargas atmosféricas (raios), certamente fará do desenvolvedor dessa tecnologia rico e famoso no futuro.

 

Decio Wertzner – novembro/2022

 

 

Leave a Comment